sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

FILME A ONDA

A HISTÓRIA: O professor Rainer Wenger (Jürgen Vogel) queria dar uma aula de anarquia para seus alunos do ensino médio, mas foi “obrigado” por um colega e pela diretora da escola a preparar aulas de autocracia. Inicialmente ele fica surpresa com a sala cheia – provavelmente boa parte dos alunos está mais interessado no professor “rock’n roll” do que no tema em si, já que a maioria nem sabe do que se trata autocracia -, com um número de alunos que só aumentaria graças a sua maneira “diferente” de lecionar. Impelido por um questionamento em sala de aula e pela vontade de mostrar trabalho para os demais colegas, Rainer começa um experimento em classe que vai mudar a vida de seus alunos e criar perplexidade na comunidade local.
E como é inevitável, o filme mostra que existem dois lados da moeda chamada “autocracia”. Se em uma face do experimento de Rainer Wenger vemos a jovens se sentindo “poderosos” enquanto grupo unido em uma mesma “ideologia”, de outro contemplamos a exclusão sumária de qualquer forma de pensamento contrário. Não existe espaço para dúvidas ou para idéias diferentes daquela que a gestão autoritária do grupo dominante prega. Isso pode ser visto em sistemas autocratas mais óbvios, como o de uma ditadura, e até mesmo em formas “prioritárias” de pensamento em sociedades democráticas como a nossa – quem hoje em dia questiona o capitalismo, o livre consumo, o uso da internet em todos os cantos? O pensamento crítico, geralmente, não é bem visto ou considerado de “bom tom”. Mesmo na tão proclamada democracia.

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